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(imagem da NET)
Sistema mundial capitalista
O sistema mundial capitalista é muito heterogéneo em termos culturais, políticos e económicos, abarcando grandes diferenças de desenvolvimento civilizacional, acumulação de capital e poder político. Ao contrário de teorias positivistas da modernização e desenvolvimento capitalista, Wallerstein não atribui estas diferenças a um atraso de certas regiões face a outras, que a própria dinâmica do sistema tenderia a apagar, mas à própria natureza do sistema mundial. Ao sistema mundial é inerente uma divisão entre centro, periferia e semiperiferia, em função da divisão do trabalho entre as regiões.O centro é a área de grande desenvolvimento tecnológico que produz produtos complexos; a periferia é a área que fornece matérias-primas, produtos agrícolas e força de trabalho barata para o centro. A troca económica entre periferia e centro é desigual: a periferia tem de vender barato os seus produtos enquanto compra caro os produtos do centro, e essa situação tende a reproduzir-se de forma automática, quase determinista, embora seja também dinâmica e mude historicamente. A semiperiferia é uma região de desenvolvimento intermédio que funciona como um centro para a periferia e uma periferia para o centro. Em finais do séc. XX incluiria regiões como o a Europa Oriental, o Brasil ou a China. Regiões centrais e periféricas podem coexistir em espaços muito próximos.
Uma consequência da expansão do sistema mundial é a contínua "mercadorização" das coisas, incluindo o trabalho humano. Recursos naturais, terra, trabalho, relações sociais são gradualmente espoliados do seu valor intrínseco e transformadas em mercadorias cujo valor de troca é determinado no mercado.
(Resumo do texto de Immanuel Wallertin - Wikipedia)
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