terça-feira, 20 de março de 2012

História das medidas

Conheça a fascinante história das medidas, que acompanham o homem desde o tempo das cavernas.

Texto da Revista Superinteressante,
ed. 186, mar. de 2003

Da Pré-História aos dias de hoje, as medidas de espaço, volume e massa foram de tal forma incorporadas às nossas vidas que é impossível imaginar a civilização sem elas. Conheça os bastidores dessa história de erros, acetos e acirradas disputas de poder
Elas fazem parte da vida cotidiana. Estão na reforma da casa, nas compras do supermercado, na ida ao posto de gasolina. Têm presença garantida nos laboratórios de pesquisa e nas indústrias, e são usadas nas transações comerciais entre os países. Você já não consegue mais conceber o mundo sem considerá-las; basta pensar nos metros, quilos e litros que permeiam as suas atividades mais corriqueiras. Essas personagens tão prestigiosas são as medidas, grandezas de espaço, massa e volume que acompanham a evolução intelectual e tecnológica da humanidade desde a Antigüidade.

sábado, 10 de março de 2012

Concentração de mercado e o trust: e pode?

(Gostei deste texto. Além de bem humorado, explica de maneira de fácil assimilação os trustes e cartéis.)


Muito bem, concentrar cervejarias é o que interessa, certo? Errado. Estão concentrando tudo. Sabe o por quê? Dá mais lucro.

A concorrência perfeita é o pior arranjo possível para uma empresa, quando esta é a fornecedora. Isso acontece porque na concorrência perfeita o lucro é zero. Isso mesmo, o preço cai tanto que o negócio apenas remunera o capital investido à taxa de juros do mercado.
Pensando assim, as pessoas tiveram uma grande ideia: vamos continuar cada um com sua empresa e vamos acertar o preço para que os clientes não possam pechinchar. Esse tipo de acordo levou o nome de cartel.
O coitado do cartel, todavia, não é muito eficiente, porque dá uma tentação danada de fazer um acerto com os “amigos” e praticar o preço um pouquinho mais baixo para o consumidor. Quando um dissidente faz esta trapaça ele consegue o mercado de todos os “amigos” numa espécie de traição empresarial.
Eis que um dia apareceu a ideia do século: vamos criar uma trust. A trust é uma empresa inócua que existe apenas para congregar as ações de todas as outras e dividir os lucros. Assim, se algum “espertinho” resolver baixar os preços e levar todos os consumidores dos amigos, não tem problema, porque o lucro será dividido com a patota.
Como é que se faz a truste? Cada um coloca as suas ações das empresas originais e fica com uma participação na nova empresa equivalente ao valor do seu empreendimento original.
Ora, mas isso é nefasto para economia e deveria ser banido, você deve estar pensando. Sim, eu respondo, você tem razão, mas vá dizer isso aos órgãos reguladores.
Se você prestar atenção, todas as fusões que ocorreram recentemente, sejam de bancos, de empresas de comércio varejista, de cervejarias, enfim, tudo aconteceu nessa forma de troca de ações.
Aí surge o termo da moda: sinergia. Sinergia, quando você vir por aí, no jargão da turma do trust, significa o pedaço de estrutura duplicada que será extraído da nova empresa. Por exemplo: para que duas áreas financeiras? Por que duas áreas de marketing?
Finalmente, dado que os órgãos reguladores não estão dando muita bola para o assunto, para que brigar se dá para ser todo mundo amigo? O consumidor que vá chorar noutra freguesia.
(Fonte: www.betoveiga.com)